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As revoluções Inglesas

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No século XVII a Inglaterra passava por um período complicado por ainda ter características feudais sobre o comércio e a forma de administrar as terras. Na dinastia Tudor, o comércio e as manufaturas cresceram, aumentando assim o número de burgueses na sociedade inglesa. Uma sociedade que não cedia espaço para eles crescerem. Esse embate com o rei vai gerar uma serie de revoltas que vai acabar gerando o que chamamos de revoluções inglesas.

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Os burgueses em geral eram seguidores da religião calvinista (puritanos e presbiterianos) e não tinham acesso aos privilégios dados aos seguidores da religião anglicana (religião criada pelo rei Absolutista Henrique VIII). Seguindo o jeito absolutista de governar, Henrique VIII cercou os campos e confiscou terras da Igreja Católica, terras que eram de uso comum pela população e passou a vender somente para nobres. Essa venda de terras ocasionou um êxodo rural de trabalhadores que não eram necessários nas plantações, todos indo para as cidades onde procuram trabalho com burgueses como artesãos ou qualquer outra atividade comercial.

Com trabalhadores desempregados e burgueses que queriam um governo menos autoritário, as cidades passaram a ser lugares de muitas agitações e revoltas. Mesmo assim, durante os quarenta e quatro anos do governo de Elizabeth, conhecido como a Era de Ouro inglesa (1558-1603) pela consolidação da igreja Anglicana e importantes vitórias militares. Mas as perseguições religiosas contra calvinistas acabam sendo retomadas principalmente depois da monarca mostrar-se contra as doutrinas calvinistas.

A revolução Puritana

Elizabeth morreu sem ter filhos ou ser casada dando fim à dinastia Tudor (a de Henrique VIII). A dinastia Stuart procurou ser mais dominadora sobre a política e a economia. O rei Jaime I criou leis que cobravam pesados impostos e obrigavam o povo presbiteriano que adotassem o modelo de funcionamento da Igreja Anglicana.

Em 1642, o rei Carlos I invadiu o parlamento, dando início assim à uma guerra civil na Inglaterra que separou a nação entre os apoiadores do rei (compostos pela maioria dos nobres, católicos e anglicanos ligados ao rei) e o lado do parlamento, que era contra o rei (composto de pequenos proprietários de terras, mercadores, donos de manufaturas, sendo a maior parte puritano ou presbiterianos).

Essa guerra civil durou sete anos, sendo que no final, Oliver Cromwell que foi o puritano que comandou a revolução, tornou-se um ditador que não quis respeitar nem ao parlamento, perdendo o apoio até dos seus seguidores quando morreu. Esse período, conhecido como Revolução Puritana, teve obviamente um crescimento da burguesia, principalmente através dos Atos de Navegações criado pelo parlamento na era Cromwell. O Ato de Navegação constituía que o transporte de todo produto comercial a países europeus via mar deveria ser feito por navios pertencentes a Inglaterra ou ao próprio país europeu que estivesse realizando importação ou exportação desses produtos. A razão por ser criada essa lei foi principalmente a de eliminar a concorrência com os Holandeses que levavam muitas das mercadorias inglesas para as colônias no novo mundo. Isso mais tarde vai dar suporta para a revolução industrial, pois os inglesas serão donos de uma extensa frota mercante, capaz de transportar as mercadorias inglesas para todo o mundo. Sim, de nada adianta ter uma máquina a todo vapor, produzindo horrores de tecidos se não puder tirar isso das prateleiras da Inglaterra para vender pelo mundo. Mas isso é assunto para outra aula.

A revolução Gloriosa

Em 1660, o parlamento fez uma manobra arriscada colocando a dinastia Stuart de volta ao poder, mas ela não se comportou por muito tempo, voltando aos velhos hábitos absolutistas. Carlos II, o rei queria aumentar o poder da religião católica o que despertou a ira de puritanos e presbiterianos. Seu sucessor Jaime II seguiu a mesma linha e novamente, o parlamento em 1688, depõe o rei e coloca em seu lugar um holandês protestante conhecido como Guilherme de Orange. O novo monarca assina a Declaração de Direitos (Bill of Rights), documento que pôs fim ao absolutismo e instaurou na Inglaterra a monarquia constitucional, sistema que limitava definitivamente os poderes do rei e ampliava os do Parlamento.  Esse fato foi a instauração da burguesia no poder e ficou conhecido como Revolução Gloriosa.

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