01/03/1973 – Lançamento do Dark Side Of The Moon
No dia de hoje, há exatos 45 anos era o lançamento do Dark Side of The Moon, o oitavo e (talvez) o mais famoso disco da banda Pink Floyd.
Dark Side of The Moon marcou um virada de eras para a banda. Tanto pelos fãs como por uma lista da revista Rolling Stone, o álbum atingiu a segunda posição dos 200 Albuns Definitivos para o o Rock And Roll Hall of Fame. O disco possui uma série de sons complexos e alienígenas para a época como por exemplo vários relógios tocando sincronizados ou uma pessoa correndo ao lado do microfone. Tais inovações resultaram em diversos comentários, sendo muitos negativos, insinuando que a banda estava sendo ambiciosa demais ou que os sons pareciam como gravados dentro de uma jaula no Zoológico.
Não dando atenção aos comentários negativos, entre os fãs, o que mais chamou a atenção no disco foi a sincronização com o filme, O Mágico de Oz. As faixas do disco são sincronizadas com o filme de 1939 sendo que em algumas faixas podemos encontrar correspondências como um coração batendo no fundo da música na hora que Dorothy tenta ouvir o coração do homem de lata, vozes gritando “Corra” em momentos de suspense e algumas referências menores como vozes de fundo em cenas de conversas entre os personagens. Por fim, a maioria das músicas tem duração igual às cenas do filme. É uma experiência muito doida, sugiro a todos os fãs que um dia façam.
Pra finalizar, o Pink Floyd passava por uma fase complicada, por isso produziu um disco amargo, falando profundamente de feridas sociais como a soberba, o sentimento de posse, o orgulho e a megalomania. O disco aborda ainda temas estranhos para a época como envelhecimento e a doença mental. Tais temas teriam sido inspirados pela recessão que a banda estava passando devido a falta de dinheiro causada pelo sistema de repasse de verbas das grandes gravadoras e pela saída de Syd Barrett, um dos fundadores da banda devido ao agravamento de sua doença mental. Barnett começou a apresentar sintomas graves desde que começou a exagerar no LSD. Em 1968 ele saiu da banda, mas sua memória continuou viva como pode ser visto no carinho dos próprios membros da banda que continuavam a reverenciá-lo ou mesmo na canção Wish You Were Here, de 1975. Quanto ao dinheiro, felizmente o Pink Floyd reverteu isso lindamente depois dessa fase.
