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Criação da ANL

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Em 12 de março de 1935 é criada a ANL, ou Aliança Nacional Libertadora. Essa frente de esquerda reuniu tenentes, operários, comunistas e intelectuais da esquerda em um movimento antifacista, anti-imperialista e anti-integralista. O contexto da criação da ANL dava-se em uma época onde havia um crescimento do sentimento fascista no Brasil, centralizado na figura de Getúlio vargas.

Desde 1930 havia grupos de tenentes e de oligarquias que estavam insatisfeitos com a aproximação de Vargas. Em 1934 houve um pequeno número de intelectuais e militares, tais como Francisco Mangabeira, Gregório Lourenço Bezerra, Caio Prado Júnior e João Saldanha, que começaram a promover encontros para organizar o movimento, até que em março de 1935 houve um manifesto público na Câmara dos Deputados do Brasil, onde apresentaram suas propostas básicas como  a suspensão do pagamento da dívida externa do país, a nacionalização das empresas estrangeiras, a reforma agrária e a proteção aos pequenos e médios proprietários e a garantia de amplas liberdades democráticas.

A ANL  vai ter uma importância no cenário nacional em uma tentativa de golpe fracassada (na verdade, um sonho de tentativa de golpe) onde Luís Carlos Prestes volta para o Brasil clandestinamente, onde lideraria um levante armado para tomar o poder. Em cinco de Julho de 35 a ANL fez um pronunciamento público onde leram um manifesto de vargas que pedia pela derrubada do governo e pedindo aos colaboradores que dessem todo poder para a ANL. Com essa bagunça pública, vargas fez uso da Lei de Segurança nacional e proibiu a organização de existir. Agora a ANL estava na clandestinidade e perdeu o contato com a população que eles tanto amavam. No fim, chegou a ter levantes graças a tenentes que estavam ligados ao movimento, mas tiveram existência muito curtas esses levantes. No caso o de Natal (RN) durou apenas quatro dias. Vargas, como não era bobo, aproveitou-se da existência da ANL para justificar esses “atos contra a nação” para recrudescer o regime, resultando mais tarde na criação do Estado Novo.

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