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Hebreus e a antiga palestina

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O nascimento dos hebreus é narrado na Palestina. Hoje esse é o nome do território situado entre o Mediterrâneo a oeste, o rio Jordão e o Mar Morto a leste. Faz fronteira com a chamada Escada de Tiro a norte (Ras en-Naqura/Roch ha-Niqra, fronteira com o Líbano) e o Wadi el-Ariche a sul (fronteira com o Sinai, tradicionalmente egípcio). Com 27.000 km2, a Palestina é formada, de um modo geral, por uma planície costeira, uma faixa de colinas e uma cadeia de baixas montanhas cuja vertente oriental é mais ou menos desértica.

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A Palestina, sendo um estreito trecho de favorável passagem entre a África e Ásia, foi palco de um grande número de conquistas, pelos mais variados povos, por se constituir num corredor natural para os antigos exércitos. Os povos mais antigos da Palestina foram: os cananeus, filisteus e hebreus. A princípio ela foi conquistada, em meados do século XV a.C. por faraós, vindos do Egito. E esteve organizada em cidades-Estado sob a hegemonia egípcia, mas com o enfraquecimento do poder egípcio em finais do século XIII a.C., chegaram então à Palestina sucessivas levas de imigrantes ou invasores vindos do norte e do noroeste, das ilhas ou do outro lado do Mediterrâneo.

Canaã

Mas se não era “palestina”, que nome a região tinha? Muito bem… no início a região chamava-se Canaã e era habitada pelos cananeus, semitas (o termo Semita tem como principal designação o conjunto linguístico composto por uma família de vários povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus, que compartilham as mesmas origens culturais), que fundaram cidades e tentaram impedir a entrada de outros povos nômades, mas no fim do II milênio começaram a entrar em Canaã somente as tribos hebraicas.

O nome palestina é algo “atual”, dado pelo antigo império britânico. Os historiadores costumam designar os novos moradores que vieram com o passar do tempo com a expressão “povos do mar”. Esses povos parecem ter-se fixado sobretudo ao longo da costa. Os mais conhecidos entre eles são os filisteus e os fenícios. Por ser o povo mais famoso, os filisteus formaram reinos maiores, que se fixaram sobretudo no sudoeste (costa, oeste do Neguev e Chefela). Aí fundaram vários pequenos reinos (Gaza, Asdod, Ascalão, Gat e Ekron).

Com o desenrolar da história, analogamente (ui que palavra bonita!) aos reinos filisteus constrói-se um reino hebreu que posteriormente foi dividido em dois: o reino de Israel (no norte da Palestina) e o reino de Judá (pequeno, na zona de baixas montanhas do sul). E… é impossível que duas potências na mesma região não entrem em guerra.

Os Hebreus

A principal característica dos hebreus era a questão do monoteísmo (um único deus). Rezando para o Deus único, os hebreus formaram um grupo coeso, que passou a abranger a todos que converteriam-se à religião, assim, o grupo era unido através da religião, como eram nômades, os hebreus poderiam nascer mesmo em outros países, mas sempre se identificavam como um povo “diferente”, sendo a religião a responsável por manter o povo unido.

Os hebreus também eram semitas, originários do deserto da Arábia, provavelmente eram nômades mas fixaram-se na agricultura quando começaram a habitar em Canaã. Eles obedeciam a líderes aos quais denominavam de Patriarcas, que nada mais eram do que chefes de família e magistrados (governantes) com autoridade absoluta.

Os principais patriarcas foram: Abraão (a partir dos seus filhos se desenvolveram três das maiores vertentes religiosas da humanidade: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo). A Bíblia diz que Abraão, obedecendo as ordens do Deus único, saiu de suas terras na Caldéia, com seu povo e seus bens, indo em direção a Canaã. Isaac, filho de Abraão. E Jacó (filho de Isac) que teve 12 filhos que tornaram-se os chefes das 12 tribos de Israel (um dos filhos de Jacó, chamado José, chegou a ocupar o cargo de vice-rei do Egito).

Moisés e o êxodo

Um dos momentos mais tensos da história dos hebreus é o período onde eles vivem como prisioneiros (escravos) no Egito. Lá nasceu Moisés,  em período complicados para o povo hebreu, por vezes adorando a outros deuses e abandonando a religião. Moisés foi responsável por reafirmar a ligação do povo com Jeová (um dos muitos nomes do Deus cristão e também, Deus dos hebreus) através dos dez mandamentos. Assim, predestinado por Deus a remover seu povo do Egito, ele negociou a saída com o faraó, não sendo ouvido, ele anunciou as pragas do Egito. Feitas por Deus, as pragas foram responsáveis pela “concessão” de sua saída pelo faraó.  Digo concessão pois o faraó mudou de ideia no último minuto e assim se fez a famosa cena da travessia do mar vermelho. Assim, do Egito, ele rumou para a “terra prometida” (de volta á Canaã). Esse episódio é conhecido como Êxodo.

Depois da morte de Moisés, Josué, um ajudante de moisés durante o êxodo liderou o povo de Israel na conquista das cidades-Estados da terra de Canaã, por esse tempo, os hebreus mantiveram-se unidos, mas com a morte de Josué, a tribo perdeu sua unidade e se separaram, governadas por seus anciãos que em época de guerra eram governadas por líderes militares chamados de Juízes. Os principais juízes foram: Otoniel, Barac, Gedeão, Jefté, Sansão (aquele que perdeu as forças após Dalila lhe cortas os cabelos), Heli e Samuel.

Samuel é considerado o de maior importância pois tornou-se o último juiz hebreu. Ele proclamou Saul como o primeiro rei hebreu, e novamente eles se tornaram uma única tribo e, unidos eles combateram os Filisteus (leiam novamente sobre eles acima), que agora haviam tomado conta de Canaã.

Somente com o sucessor de Samuel, David (início do I milénio a.C.) é que finalmente ocorre a derrota dos Filisteus e é fixada a capital do reino em Jerusalém. Após o reinado de Daniel, o reino vive um período de prosperidade com Salomão, mas com a sua morte o reino é dividido em duas partes: a norte, onde surgirá o reino de Israel (com capital na Samaria) e a sul, onde surgirá o reino de Judá (com capital em Jerusalém).

A diáspora

Esta cisão (separação) do Estado hebreu, em 935 a.C é conhecida como Cisma.  O cisma enfraqueceu o império. Depois disso, os hebreus foram dominados pelos persas, gregos e romanos. Na época da dominação romana o povo hebreu foi espalhado pelas províncias do Império, impedidos de permanecer em suas terras, mas resistiram até o reinado de Adriano, outro imperador romano que os dispersou pelo mundo, sem condição de voltar para as suas terras. Evento conhecido como diáspora.

No ano de 614 a região da antiga Canaã acaba de ser encampada pelos persas que mantém seu jugo até o ano de 628 e no ano de 638 toda a região está sob o domínio árabe muçulmano. A região, mais tarde, passa pelo controle do Império Otomano, da França e do Reino Unido. No final do século XIX, judeus começam a migrar para a região comprando terras. Em 1947, a Assembléia Geral das Nações Unidas determina a partilha da Palestina entre um Estado Judeu e outro Estado Árabe, mas os árabes não aceitam essa resolução e atacaram Israel, na chamada Guerra da Independência. Aliás, a questão da Palestina é atualíssima, e verdadeiramente nos dias de hoje ainda não acabou!

Hum… muito legal…. aqui tem um mapa sobre a rota que conta a história dos hebreus… vale a pena conferir.

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